Liberdade de expressão?

Dizem que ser sincero faz bem ao coração e previne mais de dez doenças (que podem ser tratadas com xarope). A sinceridade é mesmo uma bênção, a prova de que conseguimos, embora poucas vezes, falar a verdade. Uma maravilha!

Agora seja utópico e imagine um mundo onde todos fossem sinceros, absolutamente sinceros. O que seria de nós?

Relacionamentos terminariam logo depois do primeiro: 'Amor, eu estou gorda?'. Empresas de telemarketing iriam a falência, uma vez que não estaríamos mais tão encantados nas maravilhas do Cortador de Beterraba Philips. Lojas de departamento também sofreriam sem suas magnificas vendedoras que fazem com que você se sinta uma modelo internacional.

Somos criados com a ilusão de que vivemos com liberdade de expressão. E esta é a máxima da sociedade. Onde somos emoldurados para nos portarmos o mais civilizadamente possível.

Um mundo extremamente sincero acabaria criando revoluções ou a terceira guerra mundial. Portanto, melhor permanecermos em nossa elegância e deixarmos a sinceridade para situações drásticas como quando a namorada pergunta: 'Amor, estou gorda?' e você responde: 'Claro que não meu cajuzinho!'

Isabela Lacerda

Com esse conto estreamos a tag nova do blog: Um kg de palavras. Na tag vou publicar alguns textos meus e se quiserem mandar textos pra gente publicar, fiquem a vontade! É só mandar um e-mail para: contatouzara@hotmail.com